Governo do Estado inaugura novo modelo educacional para o Ensino Fundamental fluminense

  • Imprimir

SECTI investe na reestruturação das Faetecs

De forma pioneira no Rio de Janeiro, o Governo do Estado inaugurou, nesta quinta-feira (20/08), a primeira escola no novo formato educacional voltado exclusivamente para o Ensino Fundamental. A Escola Fundamental de Iniciação Profissional (EFIP) Henrique Lage, unidade da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), entidade vinculada à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), atende 300 alunos do 6º ao 9º ano do segmento, a partir de uma formação integral e vocacionada ao mundo do trabalho. São oferecidos conteúdos profissionalizantes, como conceitos previdenciários, educação financeira, empreendedorismo, robótica, sustentabilidade, educação alimentar, além de atividades esportivas e culturais.

- Estabelecemos como diretriz do nosso governo, na política de educação, o investimento no segmento convencional e, também, no ensino profissionalizante. As unidades da Faetec são fundamentais para gerarmos novas formações profissionais e prepararmos os jovens para o mercado de trabalho. Investir na pesquisa, na formação profissional e nas áreas do PIB fluminense que vão absorver essa mão-de-obra no mercado de trabalho faz parte do plano estratégico do Governo do Rio de Janeiro - afirmou o governador Wilson Witzel, que esteve na cerimônia de inauguração do EFIP Henrique Lage.

Localizada no bairro do Barreto, em Niterói, a Escola Fundamental de Iniciação Profissional (EFIP) Henrique Lage é a primeira de três unidades que serão entregues à população em 2020. As outras duas, neste mesmo formato, estarão nos complexos da Rede Faetec em Quintino e Marechal Hermes, ambos na Zona Norte da capital.

- É importante destacar o trabalho da Fundação de Apoio à Escola Técnica vem fazendo no último ano. Foram 20 novas unidades inauguradas desde o início de 2019. Acreditamos que a formação técnica faz a diferença na vida das pessoas e é um dos pilares do desenvolvimento econômico do estado - ressaltou o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Leonardo Rodrigues.

 

Formato inovador

Com uma proposta de levar conhecimento tecnológico e novos métodos de ensino profissional aos alunos do 6º ao 9º ano, a cada ano, o aluno poderá fazer até cinco oficinas diferentes (podendo ampliar esse número conforme o interesse dele e à medida que o projeto for sendo desenvolvido). Serão nove horas de aula por dia na escola, incluindo três refeições.

Para atender a esse novo modelo, as unidades de Ensino Fundamental da Rede Faetec passaram por readequação de suas estruturas, remodelagem dos espaços, aquisição de material e ampliação dos ambientes, visto que o projeto demanda por espaços interativos e integrados.

- A Faetec entrega um novo conceito de educação para o segmento do Ensino Fundamental. O tempo integral é um dos destaques que os estudantes vão passar a ter. Além das refeições e matérias tradicionais do currículo, os alunos têm aulas de matemática financeira, robótica e entre outros diferenciais - lembrou o presidente da Rede Faetec, Maicon Lisboa.

 

 

Comunidade escolar aprova novo modelo

A diretora do EFIP Henrique Lage, Luciana Machado, destacou que, quanto mais novos os alunos entram em contato com as vocações, mais bem preparados podem chegar ao mercado de trabalho.

- As oficinas são o grande instrumento que nossos estudantes têm para, ao entrarem no Ensino Médio, já tenham noção das vocações e possam aperfeiçoá-las no segmento. Muitos já saem com possibilidade de realizar estágios, o que ajuda no ingresso à profissão - disse a diretora.

Aluno do sexto ano do EFIP Henrique Lage, Isaque Coutinho, de 11 anos, deseja seguir a carreira de cientista. Ele foi um dos alunos aprovados no processo seletivo, em 2019, para a unidade. As aulas chegaram a serem iniciadas em março, mas foram suspensas em virtude das restrições impostas para conter a pandemia da Covid-19.

- Quero que as aulas voltem logo para reencontrar os amigos e até mesmo fazer novos. Por ter muitos recursos, acho a escola muito boa – resumiu o menino, que mora em São Gonçalo.