Alunos da FAETEC - EAT Luís Carlos Ripper se apresentam à comunidade como exame final

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Verônica Neves Alli se mostrava confiante nos momentos anteriores à estreia da peça O abajur lilás, na Caixa Cênica da FAETEC – Escola de Artes Técnicas Luís Carlos Ripper, na Mangueira, nesta segunda-feira, dia 7 de dezembro. Seria a primeira vez que a aluna do curso de qualificação profissional assinaria a operação de som de um espetáculo. Ainda por cima, valendo nota. Verônica e outros estudantes da unidade atuaram no EAT de Portas Abertas, evento-teste com caráter de prova final das turmas de formação de contrarregras, camareiras, aderecistas, costureiros cênicos, maquiadores, cabelereiros, cenógrafos, produtores, atores e operadores de luz e som. A programação, aberta à comunidade em geral, contou com a apresentação de três peças de teatro, palestras, desfiles, exposições e oficinas de maquiagem e cabelereiro, entre outras. Tudo de graça. 

- Aos 49 anos, queria fazer algo diferente, seguir uma nova carreira. Como os meus filhos cantam, percebi a importância do operador de som em espetáculos em geral e procurei a FAETEC para me profissionalizar – conta Verônica, que atualmente trabalha no setor administrativo de uma cooperativa de costura.

Verônica pretende seguir carreira como operadora de som.

Caminho diferente segue Silas Barbosa Pinto, formando do curso de contrarregra e também escalado para a produção de O abajur lilás. Decidido a trabalhar em teatro desde menino, ele pisou pela primeira vez em um palco como ator aos 11 anos e, aos 23, já acumula experiência nas áreas de produção e cenografia. Os planos para 2016 incluem o término do Bacharelado em Cenografia e Indumentária, na Unirio, e a assinatura dos projetos cenográficos da peça Álbum de família e do monólogo A bailarina vai às compras. Para ele, além do conhecimento técnico, as aulas na Luís Carlos Ripper lhe proporcionaram conhecer a rotina dos bastidores de grandes produções.


- O estágio do Teatro Municipal do Rio de Janeiro foi uma oportunidade única. Trabalhamos em duas óperas: As bodas de Fígaro, de Mozart, e A menina das nuvens, de Villa-Lobos – conta Silas.

Este ano, Silas deve terminar a graduação em Cenografia, na Unirio.

Assim como ele, Jussara de Assis Ignácio, de 49 anos, atuou como estagiária nos camarins do Municipal, colocando em prática as orientações da professora Vânia de Souza sobre organização, limpeza, higienização e pequenos consertos em figurinos e adereços. A experiência incentivou Jussara a fazer o ENEN este ano com o objetivo de cursar a faculdade de Cinema.

- Queria muito ingressar no mundo das artes e decidi começar pelo camarim. Fiquei encantada! Agora, sonho em trabalhar escrevendo roteiros para documentários – revela.

 

Jussara: curso como primeira experiência nas artes.

A poucos metros de Jussara, sentada diante do espelho do camarim da escola, Rita de Cassia Soares, 47 anos, de quando em quando, abria os olhos para conferir o trabalho de Mônica do Nascimento Ferreira, 46, aluna do curso de Maquiagem. Se dependesse da “cliente”, Mônica já estaria aprovada.

- Acho ótima essa iniciativa de abrir a escola para que o público em geral venha conhecer os cursos que são oferecidos aqui – afirmou Rita.

Cabelereira profissional, Mônica elogiou as aulas da professora Maria do Carmo e já anuncia que pretende se inscrever nas próximas turmas de costureira e aderecista da unidade FAETEC.

– Apresentar as produções dos alunos à comunidade é importante para fortalecer o vínculo com o lugar em que está localizada, para que os moradores conheçam o que é ensinado na unidade e, ainda, como forma de avaliar o desempenho dos estudantes. Também acaba sendo um bom preparo para aqueles que buscarão seu espaço no mercado de trabalho no campo de arte e da cultura – disse o presidente da FAETEC, Wagner Victer.