Arte na cozinha mata a fome da crise

Ex-aluna de gastronomia da FAETEC dá aulas de “garde manger” e “finger food” e mostra como a criatividade pode gerar renda e afastar a crise econômica

 

Quando iniciou o curso gratuito de Cozinheira Industrial na Escola de Hotelaria da FAETEC Quintino, unidade localizada na Zona Norte do Rio, a “Betinha” como era chamada pelos amigos de sala de aula nem esperava se tornar a chef de cozinha Beth Hotz.

 

Foto: Felipe Corrêa / FAETEC

 

A habilidade em transformar alimentos naturais em obras de arte surgiu após uma brincadeira caseira para atrair a atenção das crianças. A ideia deu tão certo que atualmente as esculturas são a principal fonte de renda da artista, que fatura em média 8 mil reais por mês.

– Ensino como as pessoas podem ganhar uma renda extra nestes tempos de crise. Multiplicar o conhecimento é abrir espaço para aprender sempre mais, porque esse contato com o público é que serve de inspiração para a realização dos meus trabalhos – diz Hotz.

As palestras da ex-aluna deram a oportunidade para que ela viajasse para três continentes, onde pode desenvolver o “garde manger”, técnica tailandesa para criar formas inusitadas em alimentos, com detalhismo na apresentação e harmonização das cores do prato. E mais recentemente trabalhando com o “finger food”, as famosas mini porções que se popularizaram nos eventos de “food truck”.

Há 18 anos, a FAETEC forma alunos em cursos profissionalizantes gratuitos para o mercado de trabalho. Em 2016, ela será a responsável pela qualificação de profissionais para o setor gastronômico e de turístico do Rio de Janeiro com a inauguração da primeira filial brasileira do tradicional instituto de culinária francesa Le Cordon Bleu. A unidade, que recebe o investimento de 12 milhões de reais pelo Governo do Estado, irá desenvolver o potencial criativo dos alunos na utilização de ingredientes 100% brasileiros.

 

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