Alunos da Adolpho Bloch montam miniempresa e aprendem conceitos e práticas do mundo dos negócios

Foi durante o curso Técnico de Nível Médio em Administração da FAETEC Adolpho Bloch, localizada em São Cristóvão, Rio de Janeiro, que um grupo de 24 alunos criou a miniempresa estudantil Safety Sports, voltada a acessórios esportivos. Com idades que variam de 15 a 18 anos, os jovens aprenderam na prática como é montar uma empresa, ter responsabilidades, vender o produto e outras técnicas, conceitos e truques do concorrido mundo dos negócios.

A ideia dos alunos, orientados por seus professores, era desenvolver uma miniempresa com estrutura de uma empresa normal, com presidente, setores de Produção, Criação, Recursos Humanos, Marketing, colaboradores e acionistas, que investiram na iniciativa e contribuíram para que o negócio desse certo. Cada aluno desempenhou uma função e assumiu responsabilidades da área em que atuava.

Foto: Felipe Corrêa / FAETEC

Com idades que variam de 15 a 18 anos, os jovens aprenderam na prática como é montar uma empresa, ter responsabilidades, vender o produto e outras técnicas, conceitos e truques do concorrido mundo dos negócios. 


Em poucos meses, os estudantes começaram a produção de luvas para atividades esportivas, promoveram o nome, desenvolveram estratégias e venderam o produto. O presidente da Safety Sports, Lucas Manso, de 16 anos, conta que o grupo colocou em prática a teoria aprendida em sala de aula e, com isso, o retorno referente à empreitada foi positivo.

– Fizemos um levantamento e vimos que o setor de fitness foi um dos poucos que não foi atingido pela crise, por isso investimos. Percebemos que a aceitação em relação ao nosso produto foi boa, já que serve para quem faz exercícios em academia, ciclistas, cadeirantes, crianças e outros públicos. A rentabilidade foi de mais de 100%. Tivemos várias formas de venda, seja no “boca a boca”, por meio do facebook e central de atendimento pelo whatsapp que montamos, por meio do stand que colocamos em um shopping, entre outras formas. Tudo isso contribuiu para o bom resultado – diz Lucas Manso.

A preocupação social dos jovens também foi outro ponto de destaque e que fez parte do projeto. No planejamento, os alunos destinaram 28% do lucro a uma entidade filantrópica. A estudante Emilly Gil, que também era diretora de Produção, diz que o grupo teve a recompensa ao ver que a iniciativa foi bem sucedida, mas que o trabalho foi duro.

– Nas pesquisas e negociações com fornecedores, percebemos que nos tratavam como qualquer outro empresário. Alguns davam toques e orientações, mas o tratamento foi o mesmo, o que nos ajudou. Teve gente que desconfiou no início, mas quando começávamos a conversar, entendiam nossa proposta – conta.

Os alunos foram orientados pelos professores Francisco Fernandes Neto, que também é coordenador do centro de Integração de Empreendedorismo Social (Cies) da FAETEC Adolpho Bloch, e Eliana Vilarinho. Além disso, a iniciativa teve apoio da Junior Achievement, organização não governamental e sem fins econômicos cujo objetivo é despertar o espírito empreendedor nos jovens.

– No futuro, se os alunos quiserem montar uma empresa e serem empreendedores já terão uma boa experiência. Da mesma forma se quiserem trabalhar em uma grande empresa, já que o que aprenderam será fundamental – ressalta Francisco Fernandes Neto.