Alunos da Faetec Santa Cruz desenvolvem lápis sustentável

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O produto é feito com a reutilização do jornal e vem com uma semente na ponta do lápis para o plantio

Um dos produtos utilizados para a escrita mais antigos do mundo é o lápis, sendo usado até os dias de hoje por pessoas de todas as idades. Mesmo sendo um objeto aparentemente simples, a confecção do item em larga escala gera impactos ambientais. Dados indicam que a maior fabricante de lápis do mundo necessita de 150 mil toneladas de madeira por ano.

                                                                                                                      Fotos: Felipe Corrêa

 

Pensando em diminuir os danos que a produção do lápis de madeira causa no meio ambiente, os alunos do curso Técnico de Administração da Faetec Santa Cruz, unidade que pertence a Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), incentivados pelo programa de empreendedorismo Junior Achievement (JA), organização não governamental e sem fins econômicos, criaram a empresa Ponta Papel e desenvolveram o lápis sustentável Lapel. 

Para a produção são utilizados grafite, folha de jornal e cola. O custo do objeto fica em R$ 0,44 centavos e é vendido por R$ 1,25, gerando um lucro de 260% para a empresa. Em dois meses e meio de produção, mais de mil e duzentos lápis já foram vendidos.

A aluna Júlia Vargas, que teve a ideia da criação do Lapel, pensou em um produto que fosse sustentável e acessível. “Durante a pesquisa que fizemos para a elaboração sobre qual empreendimento faríamos, pensei em algo que não agredisse o meio ambiente e que fosse barato, para que os moradores da região onde moramos, que é carente, pudessem consumir. Descobri que o jornal é mais fácil para fazer a ponta do lápis e mais resistente do que folha de caderno e revista”, comentou a aluna.

Outro diferencial do Lapel é que a ponta do lápis vem com uma semente da Planta Maravilha, que é considerada medicinal e utilizada pela indústria farmacêutica. “Quando o cliente compra o nosso produto, ele já cria a consciência de diminuir os danos ambientais que um lápis de madeira gera. E ele ainda recebe como um presente no final do uso, uma semente que pode ser plantada e que ajudará mais uma vez na preservação do meio ambiente”, salienta a estudante Yasmin Gevergi, presidente da empresa.