Entre as invenções estão um robô de percurso programável, uma tomada econômica que evita choques elétricos e carregadores de bateria para celular com duração de 5 dias

No laboratório de eletrônica da Escola Técnica Estadual FAETEC República, localizada no bairro de Quintino Bocaiuva, Zona Norte do Rio, um grupo de jovens se reúne todas as tardes após as aulas, para colocar em prática projetos de inovação que podem fazer a diferença no cotidiano das pessoas.

 

Fotos: Bruno Barreto / FAETEC

Jonatas e Mike Carvalho no laboratório da FAETEC República

 

Imagine uma tomada livre de choques elétricos, que evita qualquer tipo de transmissão de corrente elétrica para o corpo, ainda que este último esteja em contato direto com o objeto. Essa foi a ideia e criação do aluno do curso Técnico em Eletrônica, Jonatas Klippel, de 18 anos, o jovem inventor da tomada Klippel, ou como prefere chamar: Tomada Inteligente.

– Levei um ano para desenvolver todo o projeto. Se por um acaso uma criança ou idoso colocar o dedo ou qualquer outra parte do corpo neste tipo de tomada, nunca irá receber choque. Pretendo patentear ainda esse ano e estou, junto aos meus colegas, em busca de patrocínio – explica Jonatas.

De todas as parafernálias eletrônicas, talvez a mais usada entre os estudantes seja o carregador de longa duração que faz a bateria do celular durar pelo menos 5 dias. A necessidade de ficar conectado à internet e às redes sociais por mais tempo foi a grande impulsionadora do projeto.

Em meio a Iphones e Ipads, itens considerados atualmente de alta tecnologia, os adolescentes traçam o mesmo perfil de um de seus inspiradores, o criador da Apple, Steve Jobs. No início, a empresa fundada em 1976 surgiu na garagem dos pais de Jobs, e hoje é considerada uma das marcas mais valiosas do mundo avaliada em mais de US$ 500 bilhões.

 

Robótica e tecnologia de ponta para o país

Em outra unidade da Fundação, o aluno Victor Trierweiler, de 16 anos, desenvolve no curso Técnico de Eletromecânica da Escola Técnica Estadual FAETEC Visconde de Mauá, os primeiros passos em busca de um sonho: a criação de um Robô de competição.

– Tudo o que crio parte de uma necessidade. Criar um humanoide ou um robô quadrupede seria bem legal também. O robô que eu fiz é programável e possui uma placa inteligente que reconhece o percurso pela separação de cores em código binário, ou seja, 0 ou 1 – diz o estudante.

 

Victor exibe o robô que criou ao lado dos amigos que ajudaram no projeto

 

Recentemente Victor foi selecionado para fazer parte do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). No centro, ele está aprendendo sobre sistemas de levitação magnética, técnica que gera um campo magnético a partir de uma corrente elétrica. A tecnologia de ponta é a mesma utilizada, por exemplo, na fabricação de trens-bala.

 

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