11ª edição do International Uranium Film Festival, festival de cinema criado pela professora da Faetec, começa nesta quinta-feira, dia 19, na Cinemateca do MAM

É aberta hoje a 11° edição do Uranium Film Festival (Festival de Cinema da Era Atômica). O festival terá sua edição de 2022 em formato híbrido, online e presencial, e ocorre até o dia 29 de maio. As exibições presenciais serão na Cinematoteca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM), e aqueles que desejam ver os filmes no formato online deverão acessar o endereço www.vimeo.com/showcase/uranium2022, nos dias de evento. A 10º edição do festival, que ocorreu ano passado, somou um total de sete mil visualizações em 72 países diferentes.

Com a finalidade de falar sobre riscos de radioatividade, lixo nuclear, mineração de urânio e outras questões nucleares, nasceu o International Uranium Film Festival, o Festival de Cinema da Era Atômica. O primeiro festival de cinema do mundo a abordar a temática foi criado pelo jornalista e fotógrafo Norbert Suchanek e pela professora de sociologia da Faetec, Márcia Gomes Suchanek.

O evento exibe inúmeros filmes do segmento, de forma gratuita e com classificação indicativa de 14 anos. Em todas as edições do festival, são premiados filmes e cineastas que falam sobre o tema. O troféu é feito de lixo reciclável, confeccionado pelos artistas Getúlio Damado e Victor Damado. Para a elaboração das peças, eles utilizam como matéria prima relógios sucateados.

“Foi um trabalho muito grande organizar o festival em formato híbrido. Queremos encher a sala do museu, mas também fazer online para aqueles que não podem comparecer presencialmente, será uma experiência nova pra gente, e estamos animados para saber qual será o resultado”, contou a idealizadora do projeto, a professora Márcia Gomes Suchanek.

Este ano, o evento contará ainda com a presença do cineasta polonês Lech Majewski, que ganhou o prêmio de melhor longa de ficção em 2020 e não recebeu seu troféu devido à pandemia. Além do cineasta, estarão presentes representantes da embaixada da Polônia, França e Espanha no Brasil.

A professora falou ainda sobre a relevância desse projeto, não só para a sociedade, mas para a Faetec.

“Numa cidade em que as pessoas sofrem com o transporte público, como essa população vai pensar nos riscos da radioatividade? Então, quando uma professora da Faetec realiza um festival desse, com essa abrangência internacional, é também uma forma de dizer que a Faetec tem esse nível de qualidade e de profissional. Isso demonstra cidadania no seu mais alto nível de ciência, tecnologia e cultura”, declarou a professora.

Ela complementa dizendo que “fazer o Festival há dez anos sem patrocínio não é fácil, por isso é importante a presença das pessoas. Esse é o pagamento que nós temos: ver que as pessoas estão prestigiando e entendendo a importância desse trabalho. Esse festival é, acima de tudo, uma causa pela vida”.

Os interessados poderão conferir a programação disponível em: https://uraniumfilmfestival.org/pt-br/programacao-rio-2022