Com projetos para população, unidade Henrique Lage vai à final da FECTI

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Imagina um consumidor dentro de um supermercado sem ter como consultar os preços nas gôndolas, sem saber quanto vai pagar no total quando chegar ao caixa? Comparativamente, é essa a dificuldade que os usuários encontram para programar seu consumo quando o assunto é energia elétrica. Outro problema que saltou aos olhos, durante a pandemia, foi encontrar leitos disponíveis na rede pública para internação de emergência. Os alunos da Escola Técnica Estadual Henrique Lage, unidade da Rede Faetec, em Niterói, foram em busca dessas soluções e desenvolveram dois projetos que, agora, estão na final do XV Feira de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado do Rio de Janeiro (FECTI).

Intitulado de Medidor de Consumo Elétrico Para Controle de Gastos via WI-FI, o projeto dos alunos Catharina Borges Alves e Pedro Miguel Cardoso Moreira, ambos do 3º ano, pretende que as pessoas acompanhem em tempo real, através de um aplicativo, o seu consumo de energia diário. O projeto teve início a partir de constantes reclamações.

“Eu percebi a diferença no preço da conta na minha casa. Estava passando por um processo de reclamação recorrente com a distribuidora. Apesar de ter um valor expresso na conta, essa cobrança ainda não é compreendida por boa parte dos consumidores”, afirmou Catharina.

Para Pedro Miguel, a dificuldade de desenvolver o projeto presencialmente devido à pandemia foi um dos grandes desafios. “Realizar um projeto em meio à pandemia, sem poder nos reunir, principalmente quando a parte da montagem é responsabilidade sua, é realmente desafiador”, afirmou o estudante.

No entanto, os feitos dos alunos da Fatec Henrique Lage não se resumem apenas em ajudar o consumidor a controlar seus gastos. Uma das principais urgências percebidas durante a pandemia não passou despercebido por outra dupla formada pelos alunos João Carlos Ribeiro; e William Ferreira, também do 3º ano. Eles vão entrar na disputa da FECTI, com o projeto batizado de Dispositivo Transmissor de Disponibilidade Para Leitos de UTI nos Hospitais.

De acordo com os estudantes, o projeto consiste em mapear vagas nos hospitais da rede pública de saúde facilitando o acesso de pacientes em caso de emergência. “Nós criamos esse aplicativo para facilitar a população. A pessoa está precisando de um leito urgente, o aplicativo vai mostrar hospital onde está esse leito”, disse João Carlos.

O aplicativo funcionaria através de um interruptor com três posições (livre, ocupado e com defeito) instalado dentro dos leitos hospitalares, e, assim que vagasse um quarto, o administrador teria a opção de colocá-lo em disponibilidade na rede pública por meio de um simples giro no interruptor.

William Ferreira explica outras finalidades do aplicativo. “O aplicativo vai além desse serviço. Ele pode mostrar a população como anda a saúde no SUS e como os hospitais estão lidando com os leitos em geral. Porque esse aplicativo vai ser aberto não apenas às secretarias de saúdes, mas para toda a população”, avalia William.

Responsável pela orientação, o professor Altair Martins dos Santos, fala da importância de ter dois projetos na final de um concurso importante.

“Nossos projetos demonstram o cunho social. É sempre bom disputar com possibilidades de vencer. Isso cria novas perspectivas para os alunos. Já tivemos casos de estudantes que se descobriram através da FECTI, por exemplo”, afirma o professor, há 21 anos lecionando na Rede.

A final da FECTI vai acontecer de 1º a 4 de dezembro de forma virtual. Acompanhe o evento neste link: https://fecti.cecierj.edu.br/mostra

 

Fotos: Felipe Corrêa