Isepam movimenta comunidade escolar com evento dedicado à educação inclusiva

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Referência na região, Isepam promoveu a segunda edição do Seminário com palestras, oficinas e atividades de dança e esportes. Evento deste ano teve o título de “Caleidoscópio: olhar por diferentes lentes na busca da equidade para uma educação inclusiva”

 

A busca por uma educação cada vez mais inclusiva vem tornando o Instituto de Educação Siperior Professor Aldo Muylaerte, vinculado à Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), em uma referência na região Norte Fluminense, quando se trata do tema. A unidade realizou, de 28 a 30 de novembro, a segunda edição do Seminário de Educação Inclusiva, cujo tema deste ano foi “Caleidoscópio: olhar por diferentes lentes na busca da equidade para a uma educação inclusiva”.

Ao longo dos três dias de realização do evento, palestras e atividades tomaram conta da rotina da instituição, entre elas apresentações de dança cigana, flamenco e capoeira, além de atividades poliesportivas que incluíram goalball e basquete de cadeirantes.

“Nossa escola tem sido considerada como referência e inclusão aqui na região Norte Fluminense e, esse ano nós tivemos um número de matrículas muito grande que ultrapassaram, inclusive a porcentagem de cotas e, com isso, muitas pessoas fizeram matrícula pela ampla concorrência para conseguir vaga. A gente tem mais de 150 crianças incluídas na sala regular. Em 2024 recebemos novos professores e estamos formando o nosso setor de inclusão, o que possibilita que tenhamos uma atuação cada vez mais forte neste segmento”, diz Rosanea Martins, Diretora Geral da unidade.

A proposta de discutir a inclusão foi plenamente seguida, envolvendo professores, pais e responsáveis nas atividades. No Seminário, uma variedade de oficinas voltadas para cada segmento, inclusive para os alunos, foram realizadas em parceria com outras instituições

“Nossa coordenadora do setor de inclusão, Rafaela Nunes, tem sido uma pessoa fundamental para esse processo de inclusão dentro da unidade. Tivemos relatos de experiências de alunos e de estagiários do programa Estagiando na Rede que têm contribuído atendendo às nossas demandas e fortalecendo muito o trabalho que realizamos todos os dias na escola ", comenta Rosanea.

Segundo Rafaela Nunes, o Seminário é importante para que tanto a escola quanto a comunidade possam avançar nas questões de inclusão dentro e fora do ambiente escolar.

“Aqui na unidade temos cerca de 140 alunos que estão inseridos em contextos diferentes de deficiência e transtornos, então a gente precisa avançar. Temos professores que ainda precisam se adaptar a essa realidade garantida por lei. O objetivo do seminário é levar informação para a comunidade escolar. Os pais participaram e isso foi muito  positivo. Para o próximo ano, queremos fazer um planejamento de ações mensais com os responsáveis, já aplicando no início do semestre algumas oficinas como a arteterapia, trazendo essa comunidade para perto para, cada vez mais, trabalhar de forma conjunta. Os pais compreendendo a escola e a escola também acolhendo a dificuldade dos pais, orientando”, diz a coordenadora de inclusão.

Para auxiliar os professores, a unidade conta com a ajuda de estagiários que têm sido importantes para o sucesso do processo de inclusão.

“Iniciamos com o programa Estagiando na Rede em 2022, com 20 estagiários. Atualmente temos 60 e muitos desafios, mas não podemos esmorecer. Estamos avançando na equipe, questão dos estagiários que atuam na mediação, para realmente fazer uma educação inclusiva, de qualidade humanizada, que valoriza as possibilidades do aluno. O principal problema é essa questão de, às vezes, focar na incapacidade, no que o aluno não consegue fazer e não focar no que o aluno vai conseguir fazer, nas suas potencialidades. Então, toda a comunidade escolar precisa entender que todos são capazes de aprender, todos podem avançar, nós temos que dar oportunidade e estratégias adequadas para cada um poder avançar da melhor forma possível”, conclui Rafaela.