Ex-aluno visita campus de Quintino da Faetec depois de 60 anos
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- Publicado em Segunda, 28 Abril 2025 14:55
Sebastião foi às lágrimas ao retornar à instituição
A Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, é reconhecida por transformar a realidade de milhares de pessoas e famílias por meio de cursos técnicos e profissionalizantes, um diferencial importante na hora de buscar uma vaga no mercado de trabalho. O que talvez muita gente não saiba é que o local onde hoje funciona a sede da Faetec, em Quintino, sempre foi palco de transformação social, tendo abrigado, no passado, o Instituto Profissional Quinze de Novembro.
Em clima de nostalgia e reflexão, o senhor Sebastião Santos da Silva, hoje com 81 anos, retornou ao lugar onde, ainda menino, começou a construir seus primeiros sonhos e aprendeu lições que moldaram sua trajetória. Ele foi aluno do Instituto entre 1951 e 1961, ingressando aos oito anos de idade e, ao sair da escola, com 18 anos, ingressou no exército e fez carreira militar e também se formou em matemática e engenharia.
“Nessa escola (XV de Novembro) fui formado para enfrentar a vida. Agradeço ao Instituto por tudo o que conquistei. Era um lugar que oferecia tudo aos seus estudantes dentro das instalações, como um hospital; ginásio; piscinas; campo de futebol; auditório para cinema, teatro e também apresentações da banda musical; e outros equipamentos”, contou o egresso, que participava ainda de competições de lançamento de peso, corrida de velocidade e fazia parte da Banda Musical da Escola Quinze, onde tocava barítono.
Acompanhado dos filhos, Sebastião visitou as instalações do campus de Quintino da Faetec depois de mais de seis décadas e compartilhou sua emoção: “Fiquei aqui durante dez anos da minha vida e vim para rever e me despedir desse lugar que foi tão importante para mim. Vocês nem imaginam como estou feliz de ver essas coisas. Recordar é viver”, disse, comovido.
Durante a visita, deixou um recado aos colegas de turma: “Combinamos de nos reencontrar 50 anos depois, e ainda não aconteceu. Gostaria de dizer aos outros alunos da minha turma que sigo aguardando esse encontro”.
A visita de Sebastião é mais do que uma volta ao passado, é um lembrete de que a educação tem o potencial de marcar vidas para sempre. Que as paredes da Faetec sigam acolhendo histórias como a dele, inspirando novas gerações a sonhar e transformar o futuro.
