Faetec promove I Roda de conversa entre pais e filhos com deficiência

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Em comemoração à Semana de Sensibilização e Incentivo à Educação Inclusiva, a Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), por meio da Divisão de Diversidade e Inclusão Educacional, promoveu nesta quarta-feira (26), a I Roda de Conversa entre pais e filhos com deficiência cujo tema foi "Direitos e Autonomia".

A abertura do evento contou a história de vida da professora surda do Ciep 180, em São João de Meriti, Geyse Ramos. Ela destacou a importância da família em apoiar o estudo de Libras. "A minha mãe não queria que eu aprendesse a língua de sinais. Fazia fonoaudiólogo e com os meus 14 anos sentia muita dificuldade em me comunicar com as pessoas. Por causa disso, hoje, ensino minha filha de cinco anos e o meu marido a língua de sinais. É muito importante essa comunicação. Ela é considerada a segunda língua no nosso país", revelou Ramos.

Depois disso, a professora da Rede Faetec com deficiência visual, Elisabeth Canejo, entrevistou o aluno com Síndrome de Down da Favo de Mel, Argecilan Sócrates, e sua mãe Maria das Dores. A professora Elisabeth perguntou sobre a vida pessoal e profissional do estudante. "Eu já trabalhei por mais de um ano na Cedae e foi muito bom. Eu estudo teatro e já fiz várias peças e musicais de dança. Gosto muito disso, e quero seguir essa carreira” disse Sócrates.

A mãe do estudante deu um dos depoimentos mais emocionantes do evento. "Foi muito difícil deixar meu filho sair de casa para ir ao trabalho. Sofri muito por isso. Queria que ele ficasse em casa, mas depois que vi a felicidade nos olhos dele de buscar a sua independência. E deixei ele seguir os seus sonhos", disse comovida Das Dores.

Em seguida, o secretário da Comissão dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Caio Sousa, apresentou as 14 leis federais que tratam sobre pessoas com deficiência. "Nós temos muitas leis no nosso País e precisamos executá-las, através de políticas públicas, voltadas para o grupo de maior vulnerabilidade social, encaixando nesse caso, as pessoas com deficiência. No Brasil 1/4 da nossa população tem alguma deficiência", afirmou Sousa.

Ele apresentou os crimes previstos em lei para as pessoas com deficiência, com os exemplos: negar o acesso ao emprego; aos  concursos públicos e o atendimento à saúde. Caio Sousa apresentou em detalhes, a Lei do Autismo, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) que é um benefício assistencial. Além da aposentadoria especial para as pessoas com deficiência e a Lei Brasileira de Inclusão garantindo o acesso à educação.

A Faetec possui cerca de 400 alunos com algum tipo de deficiência.