Escola Técnica Estadual João Barcelos Martins promove roda de conversa sobre vivências da comunidade surda em saúde

A Escola Técnica Estadual João Barcelos Martins (ETEJBM), vinculada a Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) em Campos dos Goytacazes, promoveu no mês de junho, a primeira roda de conversa sobre vivências da comunidade surda em saúde. O evento, proporcionado para os alunos do curso Técnico de Enfermagem, reuniu membros da comunidade surda para uma troca de experiências enriquecedoras e uma maior compreensão das necessidades de acessibilidade na área da saúde.

A roda de conversa organizada pelas professoras Francielly Santos e Haila Sousa, foi uma iniciativa da disciplina de Fundamentos de Enfermagem, em parceria com a Associação de Surdos de Campos dos Goytacazes.

"O nosso objetivo com este evento foi justamente proporcionar aos alunos a oportunidade de aplicar esses conceitos, entendendo como as barreiras de comunicação podem impactar profundamente a experiência de cuidado de uma pessoa surda. Promover este tipo de interação é essencial para que nossos alunos desenvolvam uma prática inclusiva e empática”, enfatiza a professora Francielly.

A disciplina de Fundamentos de Enfermagem proporciona aos alunos uma base sólida em cuidados básicos de saúde, incluindo a promoção do bem-estar e o desenvolvimento de habilidades de comunicação
efetiva com pacientes. Esta disciplina destaca-se por abordar não apenas os aspectos técnicos da enfermagem, mas também a importância da humanização e do respeito à diversidade cultural e às necessidades especiais dos pacientes.

Durante a Roda de Conversa, os alunos puderam aplicar na prática os conceitos aprendidos em sala de aula, ao realizar aferições de sinais vitais nos participantes da comunidade surda. A aluna que está no primeiro ano, do curso Técnico de Enfermagem, Isabella de Oliveira, contou um pouco do que vivenciou: “Essa experiência me fez pensar qual tipo de profissional eu quero me tornar e sei que depois desse dia quero aprender pelo menos o básico em libras para prestar um atendimento digno e que faça a diferença na vida de meus pacientes/clientes. Com a roda de conversa e depoimentos, percebi o quanto faz falta uma boa capacitação aos nossos profissionais de saúde”.

A Professora Haila Sousa, que coordena o curso de Libras e atuou como intérprete durante o evento, destacou a relevância da comunicação acessível no atendimento à saúde: “Conseguimos criar um ambiente onde todos pudessem se expressar livremente e compartilhar suas experiências. Foi uma oportunidade valiosa para os alunos, que entenderem a importância da inclusão no cuidado em saúde”, conclui a professora.