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Clichês e substituições
Rio de Janeiro, 25-08-2009
Os clichês, chavões, lugares-comuns e modismos constituem fórmulas estereotipadas, desgastadas pelo uso excessivo, freqüentemente utilizadas na comunicação verbal. Diversos profissionais empregam essas expressões, acreditando que tais palavras representam qualidade. A estereotipia, no entanto, significa pobreza vocabular, devendo ser rejeitada por todos aqueles que pretendem imprimir à mensagem precisão e clareza. Muitos modismos contrariam a norma culta e, por serem demasiadamente empregados no coloquial, são aceitos como corretos por alguns usuários do idioma.
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Acusamos o recebimento de... ? Recebemos...
Venho por meio deste informar... ? Informo...
No aguardo de... ? Aguardamos...
Solicito o empenho e a atenção de... ? Solicito
Rogamos... ? Solicitamos...
Outrossim... ? Ainda, também....
A lei acima citada... ? A Lei n.o.... ou a Lei...
O artigo supracitado... ? O artigo n.o .. ou o artigo...
Os itens abaixo relacionados... ? Estes itens ou os itens...
No mês em curso... ? Neste mês ou em abril...
Tenho a honra de informar... ? Informo......
Sem mais para o momento... ? (elimine)
Limitados ao exposto... ? (elimine)
Sendo o que se apresenta no momento... ? (elimine)
Nada mais havendo a tratar... ? (elimine)
Aproveito para apresentar os protestos de elevada estima e distinta consideração... ? Atenciosamente ou Respeitosamente
O presente processo... ? Este processo ou o Processo n.o...
O mesmo, a mesma... ? (elimine)
Os mesmos, as mesmas... ? (elimine)
Haja visto... ? Haja vista...
Solicitamos junto à Secretaria... ? Solicitamos à Secretaria...
Muitas dessas fórmulas amplamente utilizadas constituem jargão profissional. O uso abusivo de clichês compromete a mensagem, dificulta a compreensão, não se justificando, conseqüentemente, o apego exagerado a tais formas. Expressões desse tipo devem ser substituídas por outras mais elegantes e criativas que personalizem a comunicação e imprimam qualidade ao texto.