Casa Paris 2024 promove e celebra sonhos artísticos de alunos oriundos da Faetec

O final de semana foi marcado pela presença da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), no evento intitulado “Casa Paris 2024”, ocorrido na Casa de Cultura Laura Alvim, em Ipanema. O objetivo do evento foi promover a inclusão social e o intercâmbio esportivo e cultural entre a cidade do Rio de Janeiro com a capital francesa, que será sede das próximas Olimpíadas. A edição de 2021 teve como inspiração a Liberdade, um dos lemas da Revolução Francesa.

A Faetec esteve representada no sábado pela peça teatral “O Rico Avarento e outras histórias de Ariano Suassuna”, promovida pela Escola de Teatro da Faetec Quintino; e pelo espetáculo de dança, realizado pela Companhia de Atores Bailarinos Adolpho Bloch, nascida na Escola Técnica Estadual Adolpho Bloch. No domingo, o destaque da fundação se deu pela capoeira, conduzida pelo mestre Columá e praticada no campus da Rede, em Quintino.

À frente da Escola de Teatro de Quintino, o professor Marco Aurélio afirma ter sido uma grande oportunidade poder estar com um grupo de teatro composto por atores profissionais, oriundos da instituição, neste evento. “Representar a Faetec culturalmente traz uma grande responsabilidade, mas também uma enorme satisfação pela confiança depositada e pela oportunidade de mostrar que nossa escola tem grande compromisso e amor pela rede, assim como trabalhos que desenvolve”, revela o coordenador.

A Companhia de Atores Bailarinos Adolpho Bloch se apresentou com um espetáculo que abordasse o tema do evento para tratar de assuntos importantes. Rosane Campello, diretora e criadora da companhia, afirmou: “O tema nos permitiu discutir, entre outras questões, as restrições dentro de uma relação quando falamos de liberdade, o que uma relação com o outro pode imprimir de restrição a sua liberdade pessoal. Criamos algumas restrições para serem resolvidas a partir da dança”, explicou Campello.

Atuando com a capoeira na Faetec desde 1996, o mestre Columá já viu muitos campeões saírem de suas aulas. Ele foi responsável pela apresentação de capoeira no segundo dia do evento, junto de seu colega, o mestre Farmácia. “Importante dar visibilidade ao nosso trabalho que acontece ininterruptamente há mais de 20 anos, e mostrar para o mundo o valor que essa garotada tem. Além, é claro, de empoderar essa turma nos palcos de uma casa tão laureada como a Laura Alvim”, contou o mestre.

 

Responsabilidade por sonhos artísticos

A peça “O Rico Avarento e outras histórias de Ariano Suassuna” foi apresentada pela companhia Chapuletarte, composta por atores profissionais que tiveram a oportunidade se formarem na Escola de Teatro da Faetec Quintino.

Atriz que fez o papel do Rico Avarento, protagonista da peça, Janice Fernandes, sente-se grata pela oportunidade que a instituição deu ao grupo. “Cheguei em julho de 2013, e de lá para cá, conseguimos, com as peças que a gente faz para a finalização dos cursos, tirar nosso DRT (registro profissional de atores), usando todo o material que a gente fez na Faetec”.

Diretora da companhia teatral e professora de Artes Cênicas na escola de teatro, Patrícia Alencar contou sobre o sentimento de estar presente na “Casa Paris 2024” junto de seus companheiros: “Fico muito feliz quando os trabalhos da escola conseguem ultrapassar os muros de Quintino. Está sendo muito especial e significante. É a primeira vez que estamos num teatro após a pandemia. É gratificante poder estar fazendo essa troca com o público outra vez”.

 

A dança como forma de viver

A Companhia de Atores Bailarinos Adolpho Bloch, além de ser oriunda da Rede Faetec, possui em seu elenco ex-alunos do curso técnico em dança, promovido pela unidade Adolpho Bloch, localizada no bairro Maracanã.

Esse é o caso de Cathelen de Aquino, uma jovem que fez seu espetáculo de formatura há uma semana. A apresentação na Casa Paris 2024 foi seu espetáculo de batismo na companhia. “Achei que estaria muito mais ansiosa. Só quando eu entrar no palco e estiver dançando, vou acreditar que está acontecendo. O curso técnico é uma coisa didática, e aqui não é apenas isso, é político e cultural”, declarou Cathelen, minutos antes de subir ao palco para brilhar.

Quem também brilhou foi Luciana Carnout, bailarina, professora e mãe. Lucina estudou na Faetec enquanto Rosane Campello estava organizando um núcleo de dança na escola. Como tinha uma experiência anterior em dança, ingressou no grupo. De lá para cá, não largou mais sua forma de expressão artista e hoje atua como professora do curso técnico em Dança da instituição.

“Estar aqui é incrível. É um evento produzido pela rede e com tantas parcerias bacanas. Estar em um palco, após todo o tempo de pandemia, é uma experiência incrível. É o meu primeiro espetáculo presencialmente pós-pandemia”, comemorou a bailarina.