Escola de Corte e Costura da Faetec: sonhos construídos com tecido, técnica e determinação

Linha, agulha, tecidos, conhecimento técnico e muita dedicação para costurar sonhos e transformar realidades. A história do corte e costura se iniciou na Idade da Pedra, quando os seres humanos usavam agulhas de osso para criar vestes a partir de pele de animais para se proteger do frio. Mas só após a criação da máquina de costura, no século XIX, foi possível produzir roupas em massa e moda se popularizou. Hoje esse segmento atrai inúmeros profissionais, ditando estilos e costumes e movimentando a economia mundial. 

Para acompanhar as exigências do mercado, a Escola de Corte e Costura da Faetec Quintino, vinculada à secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), disponibiliza cursos que contam com mais 100 alunos divididos em seis turmas: Costureiro de Máquina Reta e Overloque e Confeccionador de Lingerie e Moda Praia.

Responsável técnico pela unidade, Manoel Nelson da Silva está na Escola há 27 anos e afirma que, mesmo quem inicia do zero, passa a dominar as ferramentas básicas para atuar no mercado. “É uma evolução gradual. O aluno iniciante pode se assustar até com a velocidade da máquina industrial. Mas a técnica impulsiona o talento. Já formamos muitos que hoje são estilistas em atividade. O dom se sobressai e alguns já saem daqui empreendendo. Além disso, em sala de aula se aprende muito mais: trabalhar em grupo, direitos e deveres, cidadania... E a demanda por profissionais qualificados só aumenta”, afirma Manoel.

Aos 63 anos, Eliete Rodrigues trabalha com artesanato e viu no curso de Costureiro uma possibilidade para se aperfeiçoar ainda mais em seu ofício. “Produzo bonecas e quero fazer as costuras com acabamento profissional, inclusive na confecção das roupinhas que são vendidas junto com o produto. Isso valoriza o meu trabalho. Além disso, quero costurar para mim também. Já faço blusas, vestidos... Calça comprida, por exemplo, tem muito detalhes específicos e é um desafio”, conta.


A professora Janete Silva Papa fala da importância de cada etapa do aprendizado. “O primeiro passo é tirar as medidas para, na sequência, preparar o molde. Depois vem o manuseio de máquina, com colocação da linha, agulha, encher bobina….Só então a turma começa a montar as roupas. Depois de dominar a produção de peças básicas, como saia reta com pence e zíper invisível, estão aptos a criar outros modelos”, explica Janete.


Já a turma do curso de Confeccionador de Lingerie e Moda Praia está sempre ligada nas tendências que vão ser destaque ao longo das estações do ano e capricha nas cores e na criatividade. “A Faetec fornece todo o material para a produção e, no final, todos levam para casa as peças que desenvolveram durante o curso. Eles saem capacitados para encarar o mercado de trabalho”, afirma a professora Ana Paula Andrade.


E é esse o foco de Cássia Regina de Souza Barbosa, 31 anos, que três vezes por semana vai de Sepetiba, onde mora, para Quintino, se especializar no que tanto ama: “Minha paixão pela costura é inspirada na minha mãe, que sustentava a família com essa atividade. Quero montar o meu ateliê e trabalhar com moda praia e moda casual. Pretendo também ensinar outras pessoas que querem aprender a costurar”, revela.


“O mundo da moda, as inúmeras confecções, ateliês e lojas formam um mercado repleto de oportunidades em busca de profissionais capacitados. E a Faetec segue com seu compromisso com a formação técnica qualificada nas mais diversas áreas”, afirma o presidente da Rede, Alexandre Valle.