Seminário sobre Saúde Mental e Educação Inclusiva reúne especialistas no Campus Quintino
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- Publicado em Quinta, 11 Setembro 2025 18:04
Evento no Teatro Abdias Nascimento discutiu sobre uma escola mais acolhedora e o cuidado com a saúde mental de educadores e alunos
Ansiedade, depressão e “burnout” são assuntos que, frequentemente, estão no noticiário. No Brasil, os índices são preocupantes colocando a saúde mental no centro das discussões do Seminário organizado pelas Diretorias de Ensino da Fundação de Apoio à Escola Técnica, instituição vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, na quarta-feira, 10 de setembro, na Faetec/Quintino.
“Este é um evento muito importante, não só para a Faetec, mas para todos que tiverem a oportunidade de participar, de forma presencial ou online. Os índices que registram casos de ansiedade, depressão e burnout são significativos, sobretudo na população feminina, então, precisamos ficar atentos aos sinais. Costumo dizer que o silêncio é essa voz que pode nos ajudar a baixar essas porcentagens que preocupam a todos nós”, disse Alexandre Gurgel, vice-presidente educacional da Faetec.
Já na palestra de abertura, André Santana enfatizou a necessidade de atenção, destacando o ranking mundial, onde o Brasil ocupa o segundo lugar em casos de burnout.
“Assim como há doença imaginária, também temos a saúde imaginária e precisamos estar atentos a isso. A síndrome de burnout afeta cerca de 30% dos brasileiros, nos colocando em 2º lugar no ranking mundial; quando se fala em depressão e ansiedade, seguimos entre os países com índices mais altos”, disse o Coordenador do Núcleo de Psicologia da Universidade Estácio de Sá de Cabo Frio.
A unidade Paracambi marcou presença com 30 alunos dos cursos de Gestão Ambiental e Sistema da Informação. Segundo Verônica Cruz, essa integração entre as diferentes diretorias e a participação maciça das escolas, reafirmou a relevância do seminário.
“É muito importante que a gente compreenda que o nosso olhar de acolhimento, de percepção, nosso olhar inclusivo, precisa estar atrelado às legislações vigentes. Precisamos entender que quem cuida precisa de cuidado também, a lei, essa deliberação vem dizendo que é necessário estar atento às pessoas com algum tipo de depressão, transtorno mental para que seja possível, de fato, fazer um processo de ensino-aprendizagem assertivo”, comentou Verônica Cruz, assessora de inclusão da diretoria de educação superior.
A presença de Manuella Jordão, foi um dos momentos mais aplaudidos do encontro. Primeira psicóloga do Brasil com deficiência visual e doença rara, a profissional atua na Fundação Leão XII e falou sobre inclusão e acolhimento, trazendo registros da infância e adolescência que, segundo ela, foram determinantes no seu processo de formação acadêmica.
“A missão é transformadora, todos os dias, vocês ajudam a escrever histórias de superação e esperança, mas é importante ressaltar que ninguém consegue sustentar o outro se estiver vazio por dentro. Cuidar de si mesmo é uma necessidade. Assim como vocês cuidam dos alunos com amor, cuidem de vocês mesmos porque, só quem é cuidado, pode continuar cuidando”, finalizou a psicóloga.
No encerramento, Fabrício Repsold, vice-presidente da Fundação, enfatizou o sucesso do evento.
“O que vivemos durante esse evento é fruto do esforço de todas as diretorias, de profissionais dedicados e engajados, preocupados em oferecer o melhor aos nossos alunos. É nossa missão estar cada vez mais atentos à saúde mental de todos os envolvidos neste processo para que os 28 anos deste trabalho da rede, continuem sendo referência de ensino. Esta é tarefa de toda a equipe comandada pelo presidente Alexandre Valle acompanhada de perto pelos esforços e pelo trabalho do nosso secretário Anderson Moraes”, finalizou o vice-presidente administrativo da Faetec.