Desafios do ano letivo na Rede Faetec são debatidos em audiência pública realizada pelas comissões de Educação e de Ciência e Tecnologia da Alerj

Na manhã desta quinta-feira, 12, ocorreu uma audiência pública conjunta, realizada pela comissão de Educação e pela comissão de Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O intuito foi debater sobre os desafios do retorno das atividades escolares na Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), órgão vinculado à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação.

Presidida pelo deputado estadual Flavio Serafini e contando com a presença do presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, o também deputado estadual, Waldeck Carneiro, a audiência teve como objetivo buscar soluções para as questões que envolvem a Rede. O presidente da Faetec, Iranildo Campos, esteve presente na audiência acompanhado do vice-presidente Educacional da Rede, José Wilson, e da diretora de Recursos Humanos, Beatriz Greco.

Em sua explanação, o presidente Iranildo posicionou os presentes sobre a situação da merenda escolar que teve repercussão midiática nesta semana. A empresa que interrompeu ilegalmente o fornecimento de merenda foi notificada e a ela determinada a reposição imediata dos materiais. Em paralelo, uma licitação emergencial foi aberta para nova contratação dos serviços e uma autorização foi dada aos diretores que utilizem os recursos da escola para sanar de forma imediata qualquer falta de alimento.

“O problema da comida vai ser resolvido. A partir dessa semana está resolvido”, garantiu Iranildo.

Foram abordados ainda assuntos como; o passe-livre para os alunos da modalidade de ensino técnico subsequente; obras estruturais e modernização de laboratórios das unidades; evasão escolar; reajuste salarial; inclusão e carência de profissionais.

Também foi debatida a problemática encontrada nos estágios obrigatórios dos alunos do Técnico em Enfermagem. O vice-presidente educacional da Faetec, José Wilson, informou a existência de um passivo de vagas de estágio ocasionado em função da pandemia.

“Na pandemia, os estágios de enfermagem, assim como os cursos que não puderam ser substituídos por atividades remotas, foram proibidos. Quando alguma atividade dessa começa a ser represada, ela vai aumentando um passivo de alunos para se formarem. O número de vagas de estágio que temos para oferecer é insuficiente para essa vazão”, explicou José Wilson. Ele ainda enfatizou que a busca por mais credenciamento em unidades de saúde é constante para solucionar a questão.

Na discussão sobre a falta de professores na Rede, foi levado em conta que atualmente existem dois processos seletivos para a chegada de novos profissionais: o Concurso Público para o Quadro Permanente de Servidores, do ano de 2019, e o Processo Simplificado de Contratação Temporária de 2022. Foi explicado que, por motivos legislativos, não é possível colocar um professor temporário na vaga de outro que se aposentou ou veio a falecer.

O presidente da Faetec, Iranildo Campos, finalizou dizendo saber dos desafios que a Rede enfrenta e assegurou que está empenhado para resolvê-los.