Livro de poesia de Professor da Faetec foi finalista em prêmio literário internacional

Uma vez arremessada, metaforicamente, é impossível para uma flecha voltar ao ponto de origem sem que tenha tido um efeito no espaço-tempo na memória e na construção da vida de pessoas comuns no cotidiano. Transformação e reconhecimento ao leitor, é isso que oferece o livro “7 FLECHAS”, de José Adriano Alves. A obra foi uma das finalistas da primeira edição do Prêmio Candango na categoria poesia, ocorrido em setembro, em Brasília; que abarca todos os países lusófonos.

José Adriano é ex-diretor e atualmente leciona Literatura e Língua Portuguesa na Escola Técnica Estadual Adolpho Bloch (ETEAB), unidade vinculada à Rede Faetec. Para ele, a maior premiação é o reconhecimento e o incentivo para que possa escrever cada vez mais e melhor e as pessoas tenham acesso a um gênero ainda deslocado do grande público.

“Eu digo sempre aos meus alunos que quem consegue ler poesia tem a capacidade de ler qualquer coisa. Entender metáforas, fazer ligações textuais. A poesia é completa”, afirmou José Adriano, que faz parte da Rede há 22 anos.

O livro trata da memória histórica e cotidiana. Parte de uma ausência paterna transformada em poesia. Questões amorosas e, na essência, lida com a própria existência, somando todos acontecimentos do dia a dia para transformar o pensamento sobre o futuro.

“Esse livro não é nada abstrato. É um trabalho de carpintaria. 90% transpiração, os 10% inspiração. É o reconhecimento de alguém que estudou para isso. A ideia é sempre fazer o leitor pensar”, conclui José Adriano.

Instituído pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, com gestão do Instituto Cultural Casa de Autores, o Candango tem curadoria do escritor Ignácio de Loyola Brandão. E teve 1.465 livros inscritos na disputa.  7 FLECHAS está em sua primeira edição e já vendeu mais de 200 exemplares.