Alunos da Faetec são finalistas da maior Feira Brasileira de Ciências e Engenharia do Brasil

Alunos das Escolas Técnicas Estaduais Juscelino Kubitschek e Henrique Lage, ambas pertencente à Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), são finalistas da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia - Febrace, que acontece em São Paulo, de 20 a 24 de março. Estão na disputa o aplicativo Filhas de Gaia e projetos denominados “Dispositivo Eletrônico para auxiliar na correção da síndrome do pé caído” e “Pulseira Indicadora de Desregulação em autistas".

 Na Escola Técnica Estadual Juscelino Kubitschek, em Jardim América, estudantes, que têm entre 15 e 18 anos, uniram informática, sustentabilidade e eletrotécnica para criar o aplicativo Filhas de Gaia, que incentiva a autonomia de mulheres na realização de reparos residenciais.

 Desenvolvido com orientação da professora Caroline Porto e coorientação do professor Felipe Martins, o aplicativo Filhas de Gaia foi criado pelas alunas do curso técnico em Informática Maria Clara Pereira e Beatriz Pulucher, juntamente com a aluna Aline Araujo, de eletrotécnica. A aplicação é baseada em dois objetivos centrais: promover práticas sustentáveis e estimular em meninas e mulheres o interesse pelo estudo e atividades pertinentes às áreas de ciências e exatas.

 A Maria Clara Pereira explica que “o aplicativo é para incentivar hábitos sustentáveis e melhorar a capacitação profissional feminina. Teremos cursos em vídeos para o meio profissionalizante e vídeos ensinando a reutilizar materiais que os usuários já possuem em casa. O aplicativo também vai me trazer oportunidades, além de estar sendo muito bom fazer parte de algo que pode mudar ao menos um pouco o mundo”, declarou a aluna de 15 anos.

 O app será alimentado com mini cursos que ensinam tarefas básicas do cotidiano, como realizar a troca de tomadas e resistência de chuveiro. Para tornar tudo mais interessante, a sustentabilidade entra de forma criativa e divertida. Os cursos são parte de um sistema de recompensas, onde o usuário deverá entregar objetos recicláveis no ponto de coleta (ETEJK), recebendo moedas virtuais que podem ser usadas para desbloquear as aulas.

 A ideia para alguns dos cursos que serão disponibilizados no aplicativo vieram da experiência que a Aline Araujo, de 18 anos, adquiriu estudando na Faetec.

 “Como faço eletrotécnica, busquei uma maneira de encaixar o meu curso no projeto. Então tive a ideia de criar uma recompensa para as pessoas que levassem os recicláveis para a escola. Pensei em um curso que tem o objetivo de incentivar a autonomia das mulheres dentro de casa, ensinando conceitos básicos de instalações residenciais que aprendi estudando eletrotécnica”, explicou a jovem, empolgada com o projeto.

 Realizada pela primeira vez em 2003, a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia - Febrace acontece na Universidade de São Paulo (USP) e reúne projetos científicos desenvolvidos por estudantes de todo o Brasil. A feira é um programa de talentos em ciências e engenharia voltado para alunos e educadores da educação básica e técnica.

 “Eu fiquei animada quando vi que passamos. Pensar que nosso projeto tem conquistado pessoas e crescido assim me deixa bem feliz, porque como uma menina, uma mulher, eu sei que é difícil crescer como estamos crescendo e ganhar visibilidade. Realmente estou ansiosa para apresentar nosso aplicativo em São Paulo”, contou Beatriz Pulucher, de 16 anos.

 

Unidade da Rede Faetec em Niterói apresenta dois projetos a Febrace

Um dos projetos em destaque na Febrace é uma pulseira indicadora de desregulação em autistas, desenvolvida na Escola Técnica Estadual Henrique Lage. O equipamento criado pelos estudantes Larissa de Sousa e Diego Terto, do 3º ano de Eletrônica, capta alterações nos batimentos cardíacos e produção de suor, indicando ao responsável o início de uma possível crise do estado emocional do autista.

 Outro projeto em disputa é das alunas Eloah Marvila Padrone e Rebeca Apolinário, 17 anos, com o protótipo da “Síndrome do Pé Caído” — consequência de uma lesão, na maioria dos casos, no nervo fibular — que incapacita a pessoa de realizar o movimento de dorsiflexão, ou seja, levantar o pé, afetando o caminhar do portador da contusão.

 O projeto arrebatou prêmio na categoria Meninas Pela Ciência da eira de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado do Rio de Janeiro (FECTI). Ele também é vencedor dos prêmios ABRIC, Destaque Mostratec, Prêmio FECTI e Prêmio INTEL ISEF, credenciando as jovens para a Feira Internacional de Tecnologia Intel ISEf, a ser realizada em Dallas, nos Estados Unidos, com todas as despesas pagas, em maio de 2023.

Conheça mais sobre o projeto clicando aqui: https://bityli.com/RhBTAQZy