Com participação de egressos como professores, Faetec Marechal Hermes realiza oficinas de instrumentos musicais e canto



Aconteceu nos dias 13 de novembro e se repete amanhã, dia 17, nas dependências da Faetec Marechal Hermes, o 1º Encontro Artístico e Pedagógico, que reúne professores e músicos de diversos instrumentos, para que alunos e interessados participem de várias oficinas no segmento oferecidas pela unidade. No primeiro dia, a grande maioria dos professores eram egressos da própria escola. Um deles foi Felipe Arcanjo, 25 anos, morador de Itaguaí, que se formou em 2016 e atualmente é flautista da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.



“Quem quisesse estudar música gratuitamente tinha que vir para a Faetec de Marechal Hermes. Então, eu vim pra cá e comecei a estudar com 15 anos de idade. Fiz o curso técnico de música, estudava e ainda participava de tudo que a Faetec oferecia, como a banda, prática de conjunto e outras atividades. Me formei em 2016 e fui para UFRJ onde fiz graduação em música. Agora estou no Teatro Municipal. Isso tudo só aconteceu graças à Faetec”, agradece o professor.

Lélio Alves é professor, músico e Coordenador do Curso Técnico em Instrumento Musical da Faetec Marechal Hermes e ressalta a importância da participação dos egressos como uma troca de experiência importante para os alunos.

“Temos feito rotineiramente alguns movimentos convidando alunos antigos. Mas, nesse primeiro dia de evento, especificamente, é o dia dos ex-alunos virem dar as oficinas. Alguns estão na Marinha, Exército, professores de universidades, e todos vieram gratuitamente para colaborar. Depois de anos aqui na Faetec, eles vêm com maior prazer. É uma troca muito legal. Eles passaram por isso, com outros alunos vindo dar aula para eles. E para gente é um prazer recebê-los aqui”, finaliza o coordenador.

O Curso Técnico em Instrumento Musical em Marechal Hermes tem duração de 18 meses e é o primeiro da rede Faetec. Atualmente são 60 alunos distribuídos em duas turmas à tarde e uma à noite. Morador do Parque Anchieta, o aluno Matheus Barros, 20 anos, fez a oficina de percussão e reforçou a importância do evento.

“A oficina surge para ajudar os alunos a desenvolverem sua musicalidade e técnicas. No caso da percussão, temos uma ampla quantidade de instrumentos a se estudar, como tímpanos, teclados Barrafônicos e muitos outros. É importante ter alguém que nos direcione no caminho da música sinfônica, que têm muitas oportunidades, entender qual se adequa mais a nós. A forma de se tocar em bandas militares, por exemplo, é diferente da forma de se tocar em orquestras sinfônicas de faculdades ou vinculadas a instituições privadas, como a Petrobrás Sinfônica. Somos jovens, muitos de nós ainda adolescentes, buscando a música como uma carreira de sucesso para nossas vidas”, relata o estudante.

Carlos Meireles, 30 anos, morador de Bento Ribeiro, fez a oficina de canto coral que teve participação do coral da Escola Técnica Estadual Henrique Lage e ressaltou como trocar experiências com outros corais é fundamental no aprendizado.

“O evento ajuda a enriquecer nosso trabalho como coralista da Faetec, tanto individual quanto coletivo, aprendendo novas técnicas e olhares para a música que fazemos”, diz o estudante.


O 1º Encontro Artístico e Pedagógico teve oficinas de flauta transversal, clarinete, saxofone, trompete, eufônio/tuba, percussão, violão, piano, voz, canto coral e preparação corporal para coro.