Escola Técnica Estadual República premia melhores trabalhos da Feira de Cultura, Ciência e Tecnologia

Aconteceu na tarde do último dia 30, no auditório da Escola Técnica Estadual República (ETER), em Quintino Bocaiúva, a premiação dos melhores trabalhos da 21ª Feira na Semana de Cultura, Ciência e Tecnologia (SCCT), separados nas categorias inovação, adaptação e informativo-investigativo. De acordo com o professor de filosofia Emmanuel Fraga, Membro da Comissão Organizadora da SCCT, os trabalhos apresentados superaram todas expectativas.

“Presenciamos experiências incríveis: carros e assistentes virtuais e uma central telefônica customizada para a nossa escola. Vimos literalmente um barril explodir em nosso pátio. Aprendemos a respeitar os nossos limites, a controlar, ou ao menos minimizar, os efeitos da ansiedade, a acolher pessoas que necessitam de cuidados e tratamento especial. Ações de integração não faltaram como sistemas de reforço, canais de informações com e sem inteligência artificial embutida. Até mesmo uma rádio já se apresentava como uma realidade”, expõe Emmanuel Fraga.

Aconteceram exposições de trabalhos da categoria B (não competição) e A (competição) e a premiação foi realizada num auditório completamente lotado.

Em inovação, o vencedor foi o “Projeto Aõni”, dos alunos-projetistas Alysson Teixeira, Felipe Barbosa, Guilherme Portella, Henrique Erbs, João Vitor Teixeira, Lincoln Santos e Matheus Sartori, e orientado pelo professor Emmanuel Fraga. O projeto é um game 2D, no estilo TPS (third-person shooter), que pretende apresentar, a partir da ótica das criaturas e monstros, a essência dos mitos e lendas que povoam o imaginário folclórico brasileiro. Diferentemente da visão expressa pela série “A Cidade Invisível” da Netflix - onde a maior parte dos personagens é apresentada como uma espécie de “entidade-guardiã da natureza” -, o game se utiliza dos elementos arquetípicos do medo e do terror como o seu principal recurso para a compreensão das histórias e demais elementos do folclore nacional. Intenta-se com isso valorizar a diversidade e preservar os elementos da cultura brasileira e estimular o senso de pertencimento e identidade de seus jogadores, demonstrando que é viável, pedagógica e comercialmente, o desenvolvimento de um jogo eletrônico que alie entretenimento e educação. Os projetos “Ansiedade: o Jogo”, “The Last Bastion” e “Fragmengalo” foram os demais premiados.

No quesito Adaptação, o vencedor foi o “Conecta República”, com os alunos-projetistas Julia Vitória, Juliana Lima, Karine Martins, Kauan Correia, Lara Santana, orientados pelo professor Guilherme da Costa Veras. O propósito do projeto é revitalizar a comunicação por telefones fixos na Escola Técnica Estadual República, com a implantação da nova central telefônica, a Impacta 40, que comporta 32 ramais e foi desenvolvida pela Intelbras. Os demais premiados foram a “Rádio ETER”, “Demonstração da Lei Geral dos Gases através de Esmagamento de Barril com auxílio de arduíno” e “Enfermagem, migração e refúgio: um estudo de caso sobre a integração de refugiados venezuelanos e o acesso à saúde”.

Como informativo/investigativo, o vencedor foi “Inteligência Artificial”, das alunas-projetistas Maria Eduarda da Silva Domingos e Rana Gabrielle Menezes Servilha, orientados pelo professor Ricardo de Souza Toscano. Esse trabalho teve como objetivo apresentar o conceito de Inteligência Artificial (IA), suas classificações e exemplos de aplicação. Foi apresentado um protótipo selecionador da fruta manga, através da análise da sua cor externa (casca), permitindo a separação e destinação correta das frutas, de forma automática, objetivando uma conscientização sobre a importância da diminuição do desperdício de alimento e, consequentemente, a minimização da fome no mundo. Os demais premiados foram “Maravilhas da Eletricidade: A Bobina de Tesla em Ação” e “Ecolocalização: radar ultrassônico e sistemas de comunicação biológicos”.

A diretora técnica da unidade, professora Rosymere Cersosimo, muito emocionada, agradeceu o trabalho de todos os alunos e funcionários da unidade.

“Tudo deu certo, porque houve um empenho de todos, da equipe dos serviços gerais, da secretaria, professores, avaliadores e o pessoal da rede. Uma combinação que sintetiza o sucesso que foi a nossa feira. Um auditório superlotado, muita emoção na premiação, belos trabalhos e a prova que o República tem muita coisa boa pra contar e mostrar. Temos capacidade de criar grandes projetos com trabalho e dedicação de todo corpo acadêmico e de alunos”, comemora Rosymere Cersosimo.