Governo do Estado lança projeto Palácio Guanabara de Portas Abertas apresentado por alunos do curso Técnico de Guia de Turismo da Faetec

O Palácio da Guanabara, sede oficial do governo do Rio de Janeiro, reabre suas portas para estudantes da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) com o projeto “Palácio Guanabara de Portas Abertas”. A primeira visita guiada foi realizada, na manhã desta sexta-feira (22), por alunos do curso Técnico em Guia de Turismo da unidade de Ipanema, e contou com a participação de jovens da Favo de Mel.

O projeto Palácio Guanabara de Portas Abertas é uma parceria entre as Secretarias da Casa Civil e de Ciência, Tecnologia e Inovação, por meio da Faetec. Nesta iniciativa, alunos do curso técnico em Guia de Turismo da unidade Ipanema foram capacitados por historiadores da sede do governo para a realização ‘tours’. 

– Entendemos que este projeto é de grande relevância para a fundação porque proporciona aos nossos alunos do curso de Guia de Turismo a oportunidade de praticar o que eles vivenciam em sala de aula, num lugar rico em história. É um projeto cíclico em que estudantes se tornarão multiplicadores em novas turmas da unidade – explica o vice-presidente educacional da Faetec, Rogerio Pires.

 

 Visitantes são guiados por alunos da Faetec Ipanema

Foto: Felipe Corrêa

Palácio Guanabara de Portas Abertas é a reformulação de um antigo programa, visando resgatar a história do Rio de Janeiro e do país junto à população. A ideia é ampliar, futuramente, o passeio destinado às escolas em um roteiro cultural no turismo do Rio.

– A reabertura das visitas guiadas segue uma determinação do governador Wilson Witzel de que o turismo é o nosso novo petróleo. A nossa intenção é abrir as portas do Palácio Guanabara nos finais de semana para eventos artísticos e culturais com a participação da comunidade. O governador sempre diz que o palácio não é dele, é do povo – afirmou o secretário da Casa Civil e Governança, José Luís Zamith.  

 

 

No roteiro da visitação estão: fachada, Salão Nobre, Salão Verde, Salão Pé de Moleque, Jardim interno, Jardim de Inverno, jardins do Palácio e Capela Santa Teresinha. O circuito tem duração de uma hora e acontecerá uma vez por semana. Até o dia 29 de maio, as visitas no Palácio Guanabara já estão agendadas com a presença de alunos das escolas estaduais.  Na semana que vem, será divulgado o novo período de inscrições.

– É bacana esse projeto porque traz a população para dentro do Palácio, fazendo com que conheçam toda a história das instalações. Com a presença dos alunos da Favo de Mel, por exemplo, conseguimos também trabalhar a inclusão. São crianças que possuem o direito de conhecer o local de trabalho do governador e seu secretariado, além da atuação do governo em prol da população – informou a coordenadora geral do projeto e assessora especial da Subsecretaria de Administração da Casa Civil, Glauce Fernandes.

 

 

Construção e história 

Construído em 1853, em estilo neoclássico, o Palácio foi, durante o Império, a residência da Princesa Isabel, herdeira da Coroa, e seu marido, o Conde D’Eu. O Palácio Guanabara era então conhecido como Paço Isabel.

Em 1890, a construção foi declarada patrimônio nacional e recebeu seu nome atual, Palácio Guanabara. No decorrer dos anos, foi moradia oficial de presidentes da República, como Marechal Hermes da Fonseca, Getúlio Vargas e Eurico Gaspar Dutra, último a viver no palacete, na década de 40. A partir de 1946, o palácio passou a abrigar a Prefeitura do Distrito Federal até a criação do Estado da Guanabara, em 1960. Desde então, a construção se tornou sede do Governo do Estado e recebeu governadores, entre os mais antigos Floriano Peixoto Faria Lima, Antonio de Pádua Chagas Freitas, Leonel Brizola e Marcello Alencar.

Atualmente, a construção mantém características centenárias que conferem beleza especial ao local. No caso do jardim, o desenho foi idealizado pelo paisagista francês Paul Villon no começo do século 20 e se mantém intacto até hoje. No local, está o chafariz de Netuno, pequeno lago com a estátua do deus da mitologia romana que foi desenvolvida pela Fundição Val d’Osne, mais importante fundição do século 19, localizada na França. O jardim também é adornado por alamedas de palmeiras imperiais e árvores frutíferas exóticas, como mangueira, caqui-preto, pêssego-da-Índia e olho-de-dragão.