Formatura dos alunos dos cursos de Análises Clínicas e Enfermagem na Faetec reúne muita emoção e histórias de superação

 

 

Realizada no Teatro Abdias Nascimento, a cerimônia da formatura contou com a presença de familiares e professores no encerramento de um importante ciclo para os estudantes que agora irão enfrentar os desafios do mercado de trabalho. Celebração não acontecia desde 2020.

 

O fim de 2023 ficará marcado na vida dos 102 estudantes que concluíram o curso de Análises Clínicas e Enfermagem ETE de Saúde Herbert José de Souza, vinculada à Faetec. A formatura, que reuniu familiares e professores orgulhosos, no Teatro Abdias Nascimento serviu, não somente como momento de celebração pelo término dos estudos, mas também como pontapé inicial para um novo ciclo onde os novos profissionais poderão contribuir ativamente para o bem-estar da população através dos conhecimentos adquiridos nos cursos.  


A escola, que passou por uma grande reforma, estava sem celebrar formaturas desde 2020 e, nem por conta disso, deixou de prestigiar aqueles que realizaram o curso neste período. Em dois dias de festa, foram contemplados 35 alunos do curso Técnico subsequente de Análises clínicas com ingresso após 2020 e 2 alunos do curso de especialização em Enfermagem do Trabalho em 2022/2023, no dia 13; já no dia 14 de dezembro, 30 alunos do curso técnico subsequente de Enfermagem que finalizaram a etapa teórica do curso, e 35 alunos que finalizaram a formação teórico e prática do curso técnico subsequente do curso técnico de Enfermagem, foram diplomados.

 
A celebração era um forte desejo dos alunos que se mobilizaram para organizar a festa em parceria com a coordenação do curso e seus gestores.

 

 

“Para a gestão e o corpo docente, é uma missão fornecer profissionais bem formados e qualificados para o mercado de trabalho da área de Ambiente e Saúde. Apesar dos últimos desafios (pandemia e reforma da escola), houve empenho de todos para minimizar os impactos e celebrar esta conquista”, diz Vanja Guedes, servidora da instituição há 12 anos e que, desde 2015, atua na gestão da escola, primeiro como cogestora e atualmente como gestora.

  

Ela explica ainda como funcionam os cursos na unidade: “o curso de Análises clínicas tem a duração de 18 meses ou 24 meses com estágio que é opcional ao aluno. Para quem busca a especialização em Enfermagem do Trabalho, a duração é de 1 ano, com aulas três vezes por semana para pessoas que já tenham a formação no curso Técnico de Enfermagem. Para quem não tem, a duração mínima é de dois anos, pois o estágio de 600 horas em unidades de saúde é obrigatório na formação, o que eleva o tempo na escola”.

 

Entre os formandos, Larissa da Silva, 22 anos, formanda de Enfermagem, era uma das mais emocionadas. Rodeada por toda a família, a jovem iniciou o curso tendo vários desafios a serem superados. Além da distância - a estudante morava em Santíssimo e enfrentava 40 minutos de trem para chegar à Faetec - Larissa teve que conciliar os estudos com a maternidade. Apoiada pela família e pelo marido, Cristiano Alves, ela revela o papel fundamental dos amigos e professores para superar as adversidades.

 
“Foi muito difícil conciliar o papel de mãe e de estudante, principalmente porque o Micael era apenas um bebê quando eu iniciei o curso e, aí, foi fundamental a ajuda que tive de toda a minha família e do meu marido. Todos se revezavam nos cuidados para que eu não desistisse, inclusive a gente se mudou para o bairro para que eu pudesse ter mais tranquilidade para estudar e dar atenção ao meu filho. Me sinto realizada e agora motivada para dar mais um passo que é a faculdade”, diz a jovem, agora Técnica de Enfermagem.

 
Para Rosângela Bezerra Pereira, o curso de análises clínicas foi um verdadeiro encontro vocacional. Para ela, além da conquista do diploma, a formatura representa uma vitória pessoal.


“Iniciei o curso aos 38 anos e eu achava que não conseguiria acompanhar por conta da idade. Já tinha feito magistério, mas não era essa a minha vocação. Eu tinha muito medo de voltar para a sala de aula, estava trabalhando como diarista e sabia que eu tinha potencial, apesar da barreira pessoal da idade. Sou a única pessoa da minha família a concluir um curso técnico e isto é uma grande emoção. Aqui eu vi que a idade não era limite, que eu posso conquistar o que eu quiser e que, mesmo que o sistema tente me impedir, eu sou capaz”, diz ela que foi a oradora da turma.