Formatura de alunos do Curso Técnico em Instrumento Musical já prospecta profissionais atuando na área

Evento aconteceu na Faetec Marechal Hermes e formou onze novos profissionais da música com habilidades em instrumentos como clarinete, trombone, saxofone, piano e flauta transversal. Festa contou com a parceria da unidade Nilópolis.

 

 

 A semana de encerramento de inúmeros cursos nas diferentes unidades Faetec revelou em Marechal Hermes novos talentos para a música através da conclusão do curso de Técnico em Instrumento Musical. Ao todo, 11 alunos encerraram esta etapa e estão prontos para o mercado de trabalho; muitos deles já vivenciam a música de forma profissional e agora se preparam para o ensino universitário na área.

 
Regente do coro, professora de piano e coordenadora do curso, Cristina Salles destaca a projeção e o amadurecimento musical que os alunos adquiriram ao longo do curso. Segundo a docente, não há melhor sensação do que ver a preparação dos estudantes de forma consistente.

 
“Fizemos alguns recitais ao longo da semana, que funcionam como avaliações para eles, então, cada grupo teve seu próprio recital. Ontem eu vi o de piano e fiquei muito orgulhosa em ver um dos meus ex-alunos, o Matheus, fazendo um recital lindíssimo, brilhante, superando todas as expectativas, inclusive as dele”, diz a professora.

 

 

Matheus Barros tem 20 anos e estuda piano há um. Antes disso, dominava a percussão, sendo integrante da banda sinfônica da Faetec. Com a ausência das aulas no instrumento, decidiu mergulhar no piano por conta do desejo de estudar música e ingressar na área militar.


“Hoje eu tenho a certeza de que quero viver da música, tanto que eu estudava publicidade, concomitante ao curso de técnico em Instrumento Musical e optei por ficar com a música, depois de muita orientação dos professores e do coordenador Lélio Alves. Minha professora Ana Paula Alencar me deu muita força para tomar essa decisão e fomos trabalhando juntos”, diz o aluno morador de Ricardo de Albuquerque. Matheus sonha em chegar à Orquestra Sinfônica Brasileira e, além da percussão e do piano, também toca violão/contrabaixo.


Dentro das modalidades oferecidas pelo curso, que têm três semestres de duração, estão flauta transversal, piano, violão, trombone, saxofone e clarineta. Muitos dos estudantes já fazem parte do coro e da banda da escola, além de atuar profissionalmente compondo, fazendo arranjos ou tocando em eventos, como é o caso dos irmãos Felipe e Guilherme dos Santos. Oriundos de um projeto social de Nilópolis, município onde moram, ambos querem seguir a carreira musical.  Aos 23 anos, Felipe é trombonista e já dá aulas para quem deseja aprender a tocar o instrumento. Seu foco é traçar os mesmos passos do seu ídolo, Joseph Alessi, trombonista principal da Orquestra Filarmónica de Nova Iorque, e chegar à Orquestra Sinfônica Brasileira. Já Guilherme, de 19 anos, é clarinetista e se apaixonou pelo instrumento à primeira vista.

 
“Cheguei no projeto da Escola de Música de Nilópolis com o sonho de ser guitarrista, aí vi o professor tocando clarineta e fiquei maravilhado. Hoje estou aqui, me formando e convicto de que eu quero viver da música, não me vejo fazendo outra coisa na vida, a música me salvou e, lembrando de tudo, me emociono. Quando eu toco, me sinto uma pessoa melhor, mais importante, posso dizer que a música é a minha vida. É difícil a gente ter uma oportunidade porque é um ramo muito concorrido, às vezes não há vagas, então, chegar até esta etapa é uma vitória”, declara o agora Técnico em Instrumento Musical.

 

 

Com objetivos comuns aos dos colegas, Ágatha Luane, 18 anos, é técnica em Flauta Transversal e já dá aulas do instrumento. Assim como os amigos, está decidida a ter na música sua profissão, assim como Lohan Mesquita, trombonista que tem em Bart van Lier sua referência. Morador de Magalhães Bastos, o jovem deseja chegar à Orquestra Sinfônica, mas não descarta a área militar.

 
Cristina também exalta a qualidade dos professores da Faetec no processo de preparação dos futuros profissionais da música.

 
“Temos um naipe de professores realmente muito bons, são referências, como o Lélio, conhecido nacional e internacionalmente, então, os alunos têm oportunidade de estar com professores muito renomados, isso é um destaque do curso e da Faetec.  A instituição abraçou essa causa e está dando para a sociedade um curso que tem a possibilidade de transformar vidas. A música é uma linguagem que encanta as pessoas e, quando você pega meninos que não têm projeção de vida, que não acreditam nem neles mesmos, que não sabem o que irão fazer da vida, e eles se transformam em profissionais dedicados e sensíveis, é muito orgulho. Eles hoje sabem que podem ser protagonistas no que eles quiserem”, finaliza a professora, que há 23 anos trabalha na instituição.