Faetec Adolpho Bloch apresenta a 2° edição do projeto Culturas Indígenas

 

Fotos: Felipe Corrêa 

Trazer para o universo da escola atividades e discussões importantes e atuais acerca das culturas indígenas com a presença dos mesmos é o que acontece na 2° edição do projeto Culturas Indígenas na Faetec Adolpho Bloch.  O evento que teve início na quarta-feira (28) e vai até sexta-feira, dia 31 de agosto, faz parte do programa Diversidade Cultural criado pelo Curso Técnico em Eventos em prol da difusão e do ensino de temáticas culturais afro-brasileiras, populares e indígenas.

Ao longo dos três dias, acontecem na unidade exposições fotográficas e de artesanato, sessões de curtas, oficina de grafismo, debates, entre outras atividades. Na sexta-feira (31), a partir das 8h50, acontece na quadra poliesportiva da escola uma gincana com sessão de brincadeiras indígenas. Haverá ainda contação de histórias e canções.

O cacique José Urutau Guajajara, líder da aldeia indígena Maracanã, e um dos grandes representantes do movimento pelos direitos dos índios na cidade do Rio, esteve presente no evento. Nascido e criado na Aldeia Guajajara, no estado do Maranhão, ele veio para o Rio ainda jovem para estudar e trabalhar. Para ele movimentos, como o promovido pela Faetec Adolpho Bloch, ajudam a preservar a cultura dos povos indígenas. 

Foto: Felipe Correa            

 

– Ficamos muito felizes com a participação dos jovens em projetos que têm como objetivo propagar a cultura indígena. É uma forma de mostrar para eles as referências culturais dos índios e reafirmar as nossas raízes – contou o cacique.

A professora do curso de técnico de eventos da Faetec Adolpho Bloch, Ana Selma Vieira, explicou que o projeto tem o objetivo de desmistificar a cultura indígena.

– As pessoas têm uma visão errada da cultura indígena. Muitos acham que o índio é brincadeira, que índio é só uma fantasia, mas não. Os índios têm história, cultura e muito a nos ensinar. Por isso, o objetivo deste projeto é propagar a cultura tão diversa e importante dos povos indígenas – avalia a coordenadora.

Para a aluna do curso Técnico de Eventos Nayara Lima os povos indígenas são os verdadeiros donos desta terra e precisam ser reconhecidos por isso: “Esse projeto foi feito para descolonizar nossos pensamentos, para pararmos de achar que a cultura indígena é um folclore (até mesmo usando como fantasia). Precisamos nos lembrar de que os indígenas não existem apenas no dia 19 de abril, queremos mostrar a resistência para que eles para não sejam apagados”, pontua a aluna.