Evento na Faetec Saquarema coloca povos originários em evidência por meio de debate

Num momento em que a demarcação das terras dos povos originários é discutida no Congresso Nacional, aconteceu na última semana (31/05), na Escola Técnica Estadual Helber Vignoli Muniz (ETEHVM), unidade da Faetec, em Saquarema, o projeto “Povos Originários e Quilombolas: descolonizando saberes”, cujo objetivo foi oferecer aos alunos e demais participantes informações sobre a situação desses povos com uma visão de quem vive na pele o resultado de intolerância e preconceito. Para isso, o projeto recebeu as visitas de Carolina Potiguara e Pacari Pataxó, que expuseram para todos os presentes a realidade dos povos originários hoje no país.

A ideia do projeto partiu de uma conversa, há dois meses, entre as professoras Fabiane Demier, coordenadora do Projeto Vidas; e Cátia Cristina da Silva, professora de sociologia da unidade. O intuito das professoras era aglutinar o máximo de matérias possíveis, tais como da professora Daiane Evangelista, do curso de Hospedagem, e da professora de Artes Elaine Marina, para que o evento se tornasse multidisciplinar.

“Eu comecei a fazer parceria com outros professores para colocar a matéria Projeto Vidas no mesmo patamar que as outras. Na realidade, o nosso projeto pretende esclarecer a História aos nossos estudantes, não apenas a que privilegia o lado do vencedor. Nosso projeto é fazer com que nossos alunos tenham um pensamento crítico, empatia e buscar o máximo possível um convívio harmônico entre homem e natureza”, disse Fabiane, mestre em Meio Ambiente.

O evento contou com ampla participação, e de alunos de diversos seguimentos, como da escola do município e do Polo CEDERJ, que funciona na unidade.

Para o diretor da escola, Luiz Carlos de Andrade, atividade como essa serve para os alunos e demais participantes ampliarem seus conhecimentos e entenderem a respeito das diversas formas de preconceitos.

“O evento foi um sucesso. No entanto, o mais importante é que abre um leque de conhecimento, que pode impactar na forma como hoje são tratados os povos originários. Que sofrem com a discriminação seja no modo de viver, na religião e de como veem a relação dos povos originários e deus, e a natureza na visão deles”, afirmou o diretor.

Além de Carolina Potiguara e Pacari Pataxó, participaram das mesas as professoras Ana Carolina Mota; Carla Ramos; e Maria de Lourdes do Nascimento.