Escola de Hotelaria da Faetec forma profissionais com autismo e deficiência intelectual



Neste mês, a Escola de Hotelaria, uma das unidades localizadas no campus da Faetec Quintino, recebeu a presidente da instituição, Caroline Alves, para um almoço de avaliação dos cursos profissionalizantes em auxiliar de cozinha e garçom. Na atividade que marcou a conclusão do curso, estão alunos com autismo e deficiência intelectual.

A Escola de Hotelaria oferece cursos de Qualificação Profissional em auxiliar de cozinha, garçom, cozinheiro, salgadeiro e confeitaria. A integração em sala de aula entre pessoas com diferentes condições é fundamental para a promoção de uma sociedade inclusiva.

Caroline Alves parabenizou alunos e professores da casa por tanto se dedicarem ao ensino e à inclusão. “Parabenizo a todos. A gente trabalha para ver esse resultado que vocês entregaram hoje. Nenhum dos alunos deixou a desejar em algo, nós vimos o comprometimento de vocês. Desejo que todos tenham oportunidades e sejam incluídos no mercado de trabalho”.

Além da presidente, fizeram parte da avaliação o vice-presidente educacional, José Wilson; a diretora de formação inicial e continuada, Ana Paula Pillar; a professora Sônia Mendes, que atua na Diretoria de Desenvolvimento da Educação (DDE) da Faetec; a gerente de operações do Janeiro Hotel, Ana Carolina Caputo; e a presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, professora Drª Ediclea Mascarenhas.

Aluno da Faetec desde 2015, Victor da Costa Leitão já fez diversos cursos profissionalizantes na Escola de Hotelaria e agora concluiu a formação de auxiliar de cozinha. Ele foi um dos responsáveis por fazer o creme de legumes servido como entrada para o almoço de avaliação dos estudantes.



“Fui aprendendo os pratos básicos, fazer arroz, feijão e purê de batatas, é o que mais gosto de fazer e de comer também. Quero aprender coisas mais difíceis, como peixes e carnes. Estou aqui com esses professores maravilhosos e quero aprender cada vez mais. Esse ano ainda quero fazer curso de francês e cozinheiro e, ano que vem, confeitaria e padaria. Quero um dia trabalhar na área de confeitaria. Através do conhecimento desses professores, nós podemos desenvolver um bom trabalho”, concluiu o aluno de 38 anos, que possui o transtorno de autismo.

O Gabriel Teixeira tem 22 anos, ele é diagnosticado com deficiência intelectual e concluiu o curso de Qualificação Profissional em garçom.

“A deficiência não me atrapalhou em nada, só fiquei um pouco nervoso. Estou emocionado por ter conseguido e por ter chegado tão longe, achei que não fosse conseguir. Foi uma experiência legal e divertida, todo mundo se ajudou. Agora eu quero fazer cursos de informática aqui na Faetec”.